quarta-feira, 29 de março de 2006

Pedido

Aconteceram muitas coisas no últimos dias e tudo me fez pensar, penso que posso estar errado sobre coisas que escrevi aqui e em outros lugares, ou talvez outros estejam errados, não tenho essa resposta e não quero que ninguém a responda para mim, prefiro buscá-la por mim mesmo. É fato que as pessoas não me compreendem completamente, também não o podem assim como não posso compreendê-las por completo. Por fim só posso assumir que me arrependo de ter me intrometido em questões que não me concernem e que mesmo o fazendo eu deveria resolver minhas próprias questões antes. Já escrevi tudo o que precisava escrever, agora só peço que não façam desse blog local para essas discussões, quero trazer devolta sua idéia original, que era de mostrar meus poemas, se alguém quiser discutí-los ótimo, mas senão me deixem para que eu possa me resolver, sou um quebra-cabeças por demais complexo para mim mesmo. Só para manter minha palavra eis mais um poema:

Silêncio da noite (2004)

Á noite tudo é silêncio
Silêncio que me acalma
Todo som me perturba
Só o silêncio me acalma
O som me traz lembranças
Lembranças da minha vida
Quando não era minha.

quarta-feira, 22 de março de 2006

Do meu ódio

Eu gostaria de esclarecer algumas coisas aqui, hoje eu me deparei com opiniões deveras divergentes das minhas, o que é bom, mas que só prova a inferioridade e transitoriedade do humano. Uma delas é o culto à compaixão, à piedade, às desculpas que são coisas que eu odeio, se alguém fica perto de mim por compaixão que VÁ EMBORA ser vil e tentador. Como disse Nietzsche Deus morreu por sua compaixão pelos homens. Esses setimentos são de fracos, fracos sim pois tem de velar a dor do outro, de se culpar por algo que não tem nada a ver com eles, pois eu digo que não quero compaixão, ou piedade de ninguém, que não pedirei desculpas por coisa alguma, mas sim assumirei as conseqüências, não se deve pedir desculpas, ou perdão ele deve vir espontâneamente do outro. Bendito aquele que perdoa mesmo a aquele que não se arrependeu, não por um pedido, mas porque encontrou o perdão dentro de si. Maldito daquele que tem de pedir o perdão, pois nunca o encontrará verdadeiramente. O máximo que se pode fazer é arrepender-se. Como eu disse que sempre haveria um poema, vou colocar um aqui que talvez alguém julgue que mereça piedade, esse alguém com certeza não é meu amigo. Lá vai:

O que ser e o que não ser (2006)

Ser ou não ser não é minha questão,
O que ser sim é o que destroça meu coração
Estou cansado de não ser eu, mas sim outro
Ser comparado e conhecido pelo outro
Ter amigos que estão mais comigo pelo outro
Ser largado e esquecido, absorto
Quero ser eu e mais ninguém
Encontrar a minha face, que seja uma máscara
Mas que diga que sou eu, por mim mesmo,
E não por nada nem ninguém.

domingo, 19 de março de 2006

Reclamações

Eu espero que pelo menos depois de algum tempo as pessoas passem a visitar isso aqui sem que eu tenha que pedir, ou pelo menos tentar. E espero também que alguém, algum dia comente o que quer que eu tenha escrito aqui, mas chega dessas divagações, eu fiz esse blog pra postar poesias então lá vai:

Minh’alma (2004)

No reflexo do primeiro lado,
De minhas lentes da verdade,
Vejo os olhos meus.

Sendo os olhos o que os poetas dizem ser,
Hão de ser as janelas da alma,
Olho em minh’alma e não sei o que vejo.

Minha alma é mistério,
Mais do que mistério nela há,
Há terror, há medo e solidão

Mas também há alegria,
Há felicidade, há vida,
Onde seria meu coração.

quarta-feira, 15 de março de 2006

Mais um dia, mais algumas palavras

Bom, talvez eu não tenha recebido muitas visitas, mas eu sei que alguém leu o que eu escrevi e mesmo que só uma pessoa continue lendo e gostando eu vou continuar postando aqui. Só pra esclarecer todos os poemas que estiverem aqui são escritos por mim, se não o forem eu direi isso especificando claramente. Lá vai mais um, porém eu não pretendo postar tão freqüentemente, da próxima vez eu quero dar um espaço de tempo maior. E lá vamos nós:

O erro (2004)

Aprendi a esperar
Aprendi a ceder
Acostumei-me a esperar
Acostumei-me a ceder
Agora só faço esperar
Até o que tenho que buscar.

segunda-feira, 13 de março de 2006

O início

Eu não tenho certeza se isso vai dar certo, mas mesmo assim eu tenho que tentar afinal de contas agente só sabe se alguma coisa deu certo depois que tudo se resolve. Então lá vai, Meu nome é Lucas (pra quem não souber porque alguém pode cair aqui por acidente e eu estou fazendo isso pra quem me conhece na verdade) e como vai dar pra perceber eu sou um kra muito estranho (pra não dizer maluco mesmo), nesse blog eu vou postar umas coisas que eu escrevo que talvez possam ser chamadas de poesias, ou não, em todo caso elas vão estar aqui, graças á força de uma garota muito especial que me disse que isso seria uma boa idéia (é você mesmo criança). Eu tô pensando em publicar uma vez por semana, toda vez com um poema diferente e eu já enrolei demais lá vai o poema:

Preciso Ser

Verso seco,
Verso mudo,
Verso branco.
Estou calado,
Estou azedo,
Estou em pranto.
Não tenho o que dizer,
Mas porquê preciso escrever?
Escrever para não dizer;
Dizer para não fazer;
Fazer para não ser;
Ser para não morrer.
Escrevo para sobreviver.
Sobrevivo para não dizer,
Que o que eu quero ser,
É algo para você.